Como fazer seu dinheiro crescer além do salário: cinco caminhos para gerar renda extra

Um em cada dois brasileiros com mais de 16 anos já adotam atividades paralelas, explorando nichos como ensino online, produção artesanal e serviços digitais.

Quase metade dos brasileiros com 16 anos ou mais já realizou algum tipo de atividade extra para complementar a renda, de acordo com uma pesquisa do Instituto Cidades Sustentáveis. Isso mostra que, para muitos, o salário não é a única fonte de sustento, e sim o ponto de partida. 

Seja transformando habilidades em serviços, vendendo produtos ou no universo digital, há diversas formas de ampliar os ganhos de maneira acessível. Veja cinco soluções inteligentes para inspirar os próximos passos.

1. Revenda de produtos

Descobrir como repaginar pequenos gastos em lucro pode começar com o que já tem: tempo e bom olho para produtos populares. Revenda por catálogo, compras em pacotes econômicos ou entre amigos, apostar em itens com alta demanda — como itens de limpeza, beleza e hobbies em alta — pode oferecer retorno rápido com pouco desembolso.

Evite estoques caros, a estratégia é focar na escolha de produtos que vendem sozinhos, com margens razoáveis. A comunicação é essencial: compartilhar nas redes sociais, participar de grupos temáticos, mostrar diferenciais (prazo de entrega, qualidade do produto) e criar confiança é tão importante quanto o próprio produto. 

2. Redação freelancer 

Para quem escreve bem, comunicar vira ganho. Produzir artigos para blogs, posts de redes sociais, e-mails promocionais ou descrições comerciais permite trabalhar de casa com flexibilidade. Plataformas como Workana, Upwork e Fiverr reúnem clientes que precisam de texto — e 1 em cada 4 projetos de marketing de conteúdo é terceirizado, segundo estatísticas da área.

O segredo está em construir um portfólio simples — algumas amostras bem escritas já bastam — e usar palavras-chave (SEO) para atrair oportunidades. Atualizar-se sobre temas demandados (finanças, saúde, tecnologia, por exemplo) amplia as chances de trabalho com mais frequência. 

3. Aulas particulares online 

Ensinar inglês, matemática ou habilidades técnicas, como programação, e dar aulas pelo Google Meet ou Zoom tornou-se recorrente. Plataformas específicas de divulgação ou redes de amigos conectam quem sabe a quem quer aprender. A chave está em adaptar o conteúdo ao aluno. 

Disponibilize pacotes de aulas, prepare materiais visuais e adapte o ritmo individualmente. A flexibilidade também é algo a ser considerado — escolher horários e definir valores por sessão permite encaixar as aulas na rotina. Com qualidade, recomendações viram convites, e aquela aula eventual vira uma agenda cheia.

4. Venda de doces artesanais 

Se a cozinha é sua paixão, pense em receitas como um negócio lucrativo. Doces caseiros, especialmente aqueles com apelo especial — como veganos, sem glúten ou inspirados em datas comemorativas — atraem paladares e compartilham histórias.

Aposte em embalagens charmosas, invista em fotos atraentes para redes sociais e participe de feiras locais que fazem seu produto ser visto. Add-ons como combos (doce + café, por exemplo) podem abrir os olhos de quem busca pequenas experiências com valor agregado.

5. Investimentos

Para quem busca renda extra mais estratégica, investir é um caminho progressivo. Não é necessário começar com grandes quantias — aportes pequenos e regulares já permitem entrar no mercado e aproveitar oportunidades. Fundos de índice (ETFs), títulos públicos e até o Tesouro Direto são portas de entrada simples para quem está começando, com possibilidade de rendimento superior à poupança.

O ponto-chave é entender que investimento é sinônimo de construção consistente. Escolha aplicações alinhadas ao seu perfil e objetivos. Bancos digitais facilitam o acesso, permitindo que qualquer pessoa, de qualquer lugar, possa aplicar e acompanhar sua evolução em tempo real.

Além disso, os números mostram que essa prática está ganhando espaço: conforme informações da B3, o número de investidores pessoa física no Brasil mais que triplicou nos últimos cinco anos, passando de 1 milhão em 2018 para mais de 5 milhões em 2024. Isso reforça que o investimento já deixou de ser apenas uma forma de poupar e passou a ser também uma alternativa concreta de complementar a renda.