Yago Dora: do futebol ao título mundial no surfe

O brasileiro Yago Dora fez história e se tornou pela primeira vez campeão mundial de surfe na WSL. Dessa forma, ele se juntou a uma lista recente que mostra domínio do Brasil na modalidade.
A conquista representa um marco para o esporte nacional. Tanto que o título de Yago Dora já movimenta casas de apostas com bônus, reforçando seu peso histórico e midiático. Jogue com responsabilidade.
Porém, o que muita gente não sabe é como foi a história do mais novo campeão mundial, inclusive passando pelo futebol, mas optando pelo surfe. Confira!
Yago Dora deixou o futebol para seguir os passos do pai
Yago Dora nasceu em Curitiba, mas foi criado em Florianópolis. Porém, ele não queria ser surfista inicialmente, mas sim jogador de futebol, inclusive, usa a lycra número #9 atualmente em homenagem a um ídolo, Ronaldo Fenômeno.
Porém, aos 11 anos, ele decidiu focar no surfe e desistiu da carreira como jogador de futebol. Essa transição contou com ajuda do pai, Leandro Dora, que é ex-surfista profissional e treinou o filho desde criança.
“Feliz demais por ele, ele batalhou a vida inteira por isso. Adorei que ele trocou as quadras de futebol pelas ondas”, comemorou a mãe, Michelle Dora, relembrando a troca de esporte após o título.
Atualmente, Yago Dora não é mais treinador pelo seu pai, mas sim por Leandro Silva. Porém, o campeão fez questão de relembrar a importância de Grilo, como é conhecido, para o levar até à elite mundial.
“Ele também faz parte disso (pai). Ele foi meu mentor no surfe desde o início. Dedico muito a ele este título. Não trabalhamos juntos neste ano, mas ele me acompanhou nas baterias. Foi muito legal e uma surpresa bem boa. Feliz de compartilhar este título com as pessoas que amo”, disse Yago Dora, ao Sportv.
Como foi a conquista?
Após encerrar a temporada regular, o Brasil contou com dois representantes nas finais da WSL. Porém, como tinha a melhor campanha geral, Yago Dora tinha a vantagem de já estar na final, portanto, precisava de uma vitória.
Enquanto Ítalo Ferreira avançou em quinto e precisava passar por dois adversários para uma final brasileira. Ele não conseguiu, e quem chegou para a decisão foi o americano Griffin Colapinto.
Na bateria final, o americano saiu na frente com 5,17. Porém, Yago respondeu com um 7,33 e passou na frente. Griffin conseguiu um tubo e anotou mais 6,33, ficando com 12,33 no total. Porém, o brasileiro também conseguiu um tubo, mas com direito a uma manobra melhor, chegando a 8,33 e fechando com um total de 15,66 para garantir o título.
“É inacreditável para mim. Senti essa energia em Fiji desde que cheguei aqui e sempre acreditei nesse título. Fico feliz em trazer mais um título para o Brasil. Agradeço a todos que me apoiaram ao longo da carreira”, disse Yago Dora, após o título.
Com a conquista, o Brasil comemorou o seu oitavo título desde 2014. São eles: Adriano de Souza (2015), Gabriel Medina (2014, 2018 e 2021), Ítalo Ferreira (2019), Filipe Toledo (2022 e 2023) e Yago Dora (2025).