Como definir o valor do vale-alimentação e refeição?

A definição do valor do vale-alimentação e do vale-refeição tem se consolidado como uma das pautas mais relevantes dentro da gestão de pessoas nas empresas. Apesar de não haver uma tabela única que determine os montantes, organizações de diferentes portes precisam considerar fatores que vão desde o custo médio das refeições nas regiões em que atuam até a estratégia de atração e retenção de talentos.
O equilíbrio entre a capacidade financeira da companhia e a real necessidade dos colaboradores é a chave para que o benefício seja percebido como vantajoso. Nesse sentido, muitas empresas recorrem a pesquisas de mercado e dados de consumo para calibrar o valor do auxílio.
Diferença entre vale-alimentação e vale-refeição
Embora sejam frequentemente mencionados em conjunto, o cartão alimentação e o vale-refeição possuem finalidades distintas. O primeiro é voltado para compras em supermercados, padarias e estabelecimentos de gêneros alimentícios. Já o segundo é destinado a refeições prontas em restaurantes, lanchonetes e similares.
Algumas organizações oferecem apenas um dos benefícios, enquanto outras optam por ambos, buscando dar maior flexibilidade aos trabalhadores. A decisão sobre qual deles conceder e em qual valor depende do perfil do quadro de funcionários, da localização da empresa e até mesmo do regime de trabalho, que pode ser presencial, híbrido ou remoto.
O que considerar na hora de definir o valor?
O primeiro aspecto analisado pelas empresas costuma ser o preço médio das refeições na região. Em grandes capitais, o custo tende a ser mais alto, exigindo um auxílio mais robusto para que o trabalhador consiga utilizá-lo de forma efetiva. Já em cidades menores, a realidade pode ser diferente, e os valores praticados pelos estabelecimentos influenciam diretamente no cálculo.
As negociações sindicais também têm papel relevante. Em alguns setores, os acordos coletivos estabelecem pisos para o valor do benefício, criando um parâmetro mínimo que deve ser seguido pelas empresas da categoria. Isso significa que, além de olhar para o mercado, os empregadores precisam acompanhar a legislação e os compromissos firmados com sindicatos.
Benefício como ferramenta de retenção
O vale-alimentação e o vale-refeição extrapolam o aspecto financeiro e se consolidam como diferenciais competitivos na disputa por talentos. Os benefícios relacionados à alimentação estão entre os mais valorizados pelos trabalhadores, especialmente em contextos de alta inflação de alimentos.
Por isso, muitas empresas optam por conceder valores acima da média do mercado, entendendo que a medida contribui para o bem-estar dos colaboradores e melhora a imagem institucional. Além disso, o oferecimento do benefício pode reduzir a rotatividade e reforçar a percepção de cuidado por parte da empresa.
Flexibilidade e novos formatos
Nos últimos anos, também ganhou espaço a possibilidade de flexibilizar a utilização dos auxílios. Algumas operadoras de benefícios passaram a oferecer cartões que reúnem alimentação e refeição em um mesmo produto, permitindo ao colaborador escolher onde e como gastar o saldo.
Essa prática tem sido vista como uma forma de atender diferentes perfis de consumo e dar maior autonomia ao trabalhador. Para as empresas, a medida pode simplificar a gestão e reduzir a necessidade de cálculos separados para cada tipo de benefício.
Uma decisão estratégica
Definir o valor do vale-alimentação e refeição vai além de cumprir uma obrigação contratual. Trata-se de uma decisão estratégica, capaz de impactar a motivação, a produtividade e até a permanência de profissionais na empresa.
Ao considerar custos regionais, acordos coletivos e expectativas dos colaboradores, as organizações conseguem construir pacotes de benefícios mais consistentes, que suprem necessidades básicas e fortalecem vínculos de longo prazo com a equipe.