Participação de mercado das operadoras brasileiras

O mercado telecom brasileiro é hoje liderado por alguns grandes representantes. Segundo dados de 2024, as operadoras tradicionais mantêm as maiores participações em banda larga fixa e telefonia móvel, embora operadoras regionais e redes neutras venham ganhando espaço com o tempo.

Banda larga fixa (novembro/2024)

  • Provedores de pequeno porte (PPPs): 55,5% do total
  • Claro: 19,96% (~10,2 milhões de acessos)
  • Vivo: 14,18% (~7,3 milhões)
  • Oi: 8,70% (~4,5 milhões)
  • TIM: 1,56%
    (Outros como SKY concentram o restante) 

Telefonia móvel (pós‑pago, 1º trimestre de 2024, Teleco)

  • Vivo: ≈ 33%
  • Claro: ≈ 32,8%
  • TIM: ≈ 27%
  • Algar e outras menores completam a base 

Histórico do setor no Brasil

Formação e expansão

O setor brasileiro tem origem na unificação de redes regionais, especialmente após o processo de privatização da Telebrás nos anos 1990. A evolução incluiu diversas fusões, como a criação da Vivo (Telefônica + GVT) e a consolidação da Claro a partir de várias operadoras regionais do grupo América Móvil 

A TIM chegou ao país em 1998 e, ao longo das décadas seguintes, investiu em 3G, 4G, pré-pago e smartphones, tornando-se uma das maiores operadoras de celular do país.

Etapa de consolidação

A maior transação recente foi a compra dos ativos móveis da Oi por um consórcio formado por outras operadoras. Essa operação redesenhou o setor e reposicionou a participação de mercado das empresas envolvidas .

Surgimento das redes neutras

O modelo de rede neutra, representado por empresas como V.tal e FiBrasil, transformou o mercado de fibra no Brasil. Essas redes oferecem infraestrutura por atacado a vários provedores, o que favorece a competição e reduz barreiras para novos entrantes 

Panorama atual e concorrência

As três maiores operadoras continham, em conjunto, cerca de 62% dos acessos de banda larga fixa em dezembro de 2024, enquanto os provedores regionais representavam os demais 38%. A competitividade vem aumentando destaque justamente pelo crescimento das PPPs e redes neutras.

Impactos para o consumidor

Embora o mercado esteja menos fragmentado nas grandes operadoras, a diversificação regional e a oferta de novas redes têm criado um ambiente mais dinâmico para os usuários.

  • Maior variedade de planos e preços — O consumidor atualmente escolhe entre grandes operadoras ou provedores locais com ofertas mais personalizadas e, muitas vezes, promoção por contratação direta.
  • Expansão da cobertura digital — A presença de fibra ótica em cidades médias e pequenas avança, permitindo conexões rápidas e estáveis mesmo fora dos grandes centros urbanos.
  •  Inovação acelerada — A disputa por clientes impulsiona investimentos em serviços avançados como internet simétrica (banda larga de fibra), redes 5G e pacotes que incluem streaming e aplicativos.
  •  Modelos mais competitivos — Redes neutras e pequenas operadoras reduzem o custo e tempo de chegada ao mercado, permitindo acesso à internet em regiões que antes eram pouco atendidas.

O cenário ainda tem muito para mudar

Embora as principais operadoras continuem dominando boa parte do mercado, a crescente participação dos provedores regionais e a ascensão das redes neutras indicam que a estrutura pode estar em transição. Esse movimento:

  • Promove mais competição
  • Estimula a inovação tecnológica
  • Reduz custos para o consumidor
  • Democratiza o acesso à conectividade

Se o setor continuar estimulando novos modelos, fusões altruístas e expansão de infraestrutura, o resultado poderá ser benéfico não apenas para quem busca uma conexão mais rápida, mas para o desenvolvimento socioeconômico de todo o país.

você pode gostar também